No entanto, existe outro
tipo de operação que tem melhorado a qualidade de vida, a sexualidade e a
auto-estima de muitas mulheres: a cirurgia íntima. Talvez isso explique o
número cada vez maior das que optam por fazer esse procedimento.
Só no Brasil, o procedimento
cresceu mais de 50% nos últimos dois anos, enquanto nos Estados Unidos já foi
feito por 1,5 milhões de pessoas desde que ele existe, há mais de quinze anos.
(Fonte Hospital Albert Einstein)
Realizada na região
genital, a cirurgia íntima serve para corrigir esteticamente problemas
decorrentes de lacerações durante o parto normal na região do períneo, flacidez
ou hipertrofia dos lábios, entre outros.
Existem vários motivos que
levam a paciente a procurar a cirurgia íntima. Entre os principais, e que
respondem por aproximadamente 80% dos casos, podemos citar as razões estéticas,
como a insuficiência de volume devido à atrofia local e a flacidez cutânea por
causa do envelhecimento ou perda de peso intensa. Outras razões são
relacionadas à queixa funcional, como dificuldade de praticar exercícios, ao
uso de roupas mais justas em que o excesso de volume na região promove certo
incômodo e à dificuldade de relação sexual com o parceiro.
Operação tem objetivos estéticos
Diferente do que muitas pessoas
pensam e algumas clínicas oferecem, os benefícios da cirurgia íntima são
exclusivamente estéticos. “É mentira dizer que melhora a sexualidade, aumenta o
prazer ou o desempenho sexual, ou ainda que ajuda na incontinência urinária”,
explica o ginecologista.
O objetivo é fazer com que a paciente se sinta mais à vontade com
seu corpo e no relacionamento com outras pessoas, seja ele íntimo ou não.
Tipos de cirurgia íntima mais
comuns:
Ninfoplastia - cirurgia realizada nos pequenos lábios onde parte da pele excedente é
retirada. A redução dos pequenos lábios é relativamente simples, com uma
recuperação favorável, pois a área é uma mucosa, levando mais ou menos um mês
para retomar a vida sexual.
Lipoaspiração de púbis – o excesso de gordura dos lábios é retirado por meio da
lipoaspiração, reduzindo o volume da região do púbis.
Períneoplastia – visa sanar um problema que acontece em pacientes multíparas (vários
partos) que tiveram seus filhos por parto normal. Elas podem ter um relaxamento
da musculatura do canal vaginal com alargamento deste. A perineoplastia, então,
reduz o diâmetro do canal vaginal.
Himenoplastia – tem como intuito reconstituir a membrana que recobre a entrada do canal
vaginal.
Bioplastia – é indicada para corrigir o “murchamento” vaginal e, em geral, feita em
mulheres mais maduras. “A correção é realizada enxertando-se biomateriais ou
gordura da própria paciente, restaurando o volume dos lábios e recuperando a
anatomia da região
Transplante de pelo – parece um absurdo para quem sofre com a depilação, mas há mulheres com
poucos pelos ou falhas – principalmente após os 60 anos – que recorrem à
técnica para “embelezar” a região. Para isso, retira-se um pequeno pedaço do
couro cabeludo da paciente e separa-se fio por fio para implantá-los na área
genital.
Peeling – a técnica é usada para combater o escurecimento da virilha, seja pela
depilação crônica com cera, seja pela queda hormonal após os 50 anos. Os
peelings são diluídos, portanto mais suaves, e a aplicação local é feita no
consultório médico. O produto é retirado após alguns minutos, e a paciente pode
voltar às atividades normais em seguida. A descamação ocorre por volta do
terceiro dia, o que possibilita o surgimento de uma pele renovada e mais clara.