Já é de
conhecimento de todos que o tabagismo é a segunda maior causa de mortes de
fumantes ativos e a terceira de fumantes passivos. Um hábito que pode provocar
diversas doenças e atrapalhar pacientes que passam por cirurgias plásticas.
O fumo está associado ao envelhecimento precoce da pele. Em geral, ocorre o aparecimento das rugas, e isso deixa a pele com um aspecto pardo ou amarelado. Outra característica que os fumantes normalmente expõem na face são as populares manchas.
O fumo está associado ao envelhecimento precoce da pele. Em geral, ocorre o aparecimento das rugas, e isso deixa a pele com um aspecto pardo ou amarelado. Outra característica que os fumantes normalmente expõem na face são as populares manchas.
O mecanismo
que conduz ao envelhecimento precoce está associado à diminuição do fluxo
sanguíneo na pele. Isso significa menor oferta de nutrientes e de oxigênio, o
que contribui para a diminuição da produção de colágeno e elastina, elementos
que proporcionam brilho, tônus e elasticidade à pele. O hábito de fumar leva
também ao aparecimento de rugas ao redor da boca, tanto pelos motivos citados
acima como pela contração de músculos ao redor dos lábios, levando ao
surgimento de sulcos e à diminuição dos lábios.
Uma grande
preocupação na cirurgia plástica diz respeito à cicatrização. Cada cigarro leva
a um período de vasoconstrição (diminuição do aporte de sangue, oxigênio e
nutrientes na região da pele) de 45 minutos. Com isso, dependendo da quantidade
de cigarros que o paciente vai consumir, podemos ter um período muito longo sem
nutrientes essenciais no processo de cicatrização pós-cirúrgica. Nos casos em
que se realizam cirurgias com amplos descolamentos, a tendência é de haver um
risco maior de comprometimento do processo de cicatrização.
Em cirurgias
plásticas realizadas com pessoas que têm o hábito de fumar, faz-se necessário
adequar técnicas menos agressivas. É interessante também indicar o uso de
antioxidantes (vitamina C) previamente. Em altas doses, os
antioxidantes podem funcionar como um cofator positivo na cicatrização,
diminuindo os efeitos negativos da nicotina.
Ainda é importante frisar que, em algumas situações, a cirurgia deve ser contraindicada, até que o paciente interrompa o hábito de fumar.
Ainda é importante frisar que, em algumas situações, a cirurgia deve ser contraindicada, até que o paciente interrompa o hábito de fumar.
Sempre que
pensar em realizar um procedimento de cirurgia plástica, o interessado deve
consultar um especialista membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
(SBCP). Na condição de médico, ele estará apto, inclusive, a dar as devidas
orientações para quem é fumante.